domingo, 13 de março de 2016

Drones sobre o campo


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

AgroSat

Provavelmente já ouvistes, ou tenha lido aí afora sobre as Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro.
Pois bem, faz parte da transparência para com a sociedade interessada em estar à par do que “entra e sai” do país, referente ao setor de produção agropecuária no que tange à riquezas produzidas internamente.
A AgroSat é uma plataforma criada, mantida e alimentada de dados pelo MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –, e é um ambiente onde possibilita-se a aquisição de informações estatísticas precisas sobre indicadores gerais, dados sobre assuntos tais, como balança comercial, e etc..

O objetivo do MAPA é divulgar estatísticas de exportação e importação brasileira de produtos agropecuários.
Para acessar a plataforma clique no link à seguir: AgroSAT












Erli P. dos Santos
Téc. em Agropecuária
Grad. em Eng. Agronômica
E-mail: erlitec.agri@hotmail.com

sábado, 10 de outubro de 2015

Umbucajá é nomeada como espécie nova por pesquisadores da UFRB e UEFS

Por, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

  A Umbucajazeira, árvore frutífera difundida em toda Bahia e considerada por décadas um híbrido entre o umbu e a cajá, foi reconhecida como uma espécie nova, passando a receber a nomenclatura Spondias bahiensis P. Carvalho, Van den Berg & M. Machado.O artigo com o estudo detalhado foi divulgado na Revista Neodiversity, publicação online de língua inglesa sobre a biodiversidade neotropical.
A hipótese de que a planta se tratava de uma espécie nova e não um híbrido foi desenvolvida pelo professor aposentado da UFRB, Paulo Cezar Carvalho, em sua pesquisa de doutorado em 2006. Apesquisa foi complementada em 2015 na tese do pesquisador Marlon Machado, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Desde o início, o estudo teve a orientação do professor Cassio Van Den Berg.
“Por se tratar de uma planta de elevado valor econômico e reconhecida desde muito tempo como híbrida, muitos trabalhos acadêmicos têm sido desenvolvidos sobre esta espécie, inclusive na UFRB, sem que se tivesse a nomeação correta”, avalia Carvalho. “Com este trabalho, foi possível resolver a questão, após derrubar a ideia quase que secular de que esta planta é um híbrido. Hoje ela tem seu nome definitivo, que é Spondias bahiensis”, explica.

De acordo com o pesquisador, a umbucajazeira é difundida especialmente na região do semiárido baiano, em cidades como Itaberaba, Santa Terezinha, Rui Barbosa, Bom Jesus da Lapa, Jacobina e Juazeiro. “É uma árvore com a copa muito ornamental e forma uma excelente sombra, sendo encontrada nos terrenos das casas na região semiárida”, diz Carvalho. Os frutos estão maduros a partir dos meses de janeiro, fevereiro e março, sendo comercializados nas feiras livres da capital e interior, consumidos "in natura" e produzidos com seus frutos, picolés, sorvetes, licores e polpas.


domingo, 4 de outubro de 2015

Triste realidade do Velho (Morto) Chico



“Gritos” é um curta-documentário que pretende “incomodar” o olhar e despertar a opinião das pessoas acerca da situação atual da Bacia do São Francisco e a perspectiva para um futuro próximo. As imagens, conduzidas pela trilha sonora, mostram diversos fatores e consequências que vem contribuindo para um futuro bastante incerto, assim como reafirmam a urgência de ações políticas em favor do São Francisco vivo.


Os municípios baianos de Barra, Xique-Xique, Sento Sé, Pilão Arcado, Remanso, Sobradinho, Juazeiro, além de Petrolina (PE), que fazem parte do médio e submédio São Francisco, são cenários de uma série de intervenções humanas que contribuem para o estado preocupante do rio. As marcas de trechos secos do Lago de Sobradinho aparecem como um “choque de realidade”, despertando o espectador para a possibilidade real de uma morte anunciada do São Francisco.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Transposições de Pirro: O pânico da irrigação do Vale do São Francisco

A transposição de águas do Tocantins para o São Francisco tomou conta da mídia de Juazeiro e Petrolina por esses dias. Juntos, autoridades e empresários do setor pedem imediata transposição para salvar seus projetos irrigados.
O pedido chegou a ser feito diretamente pelo prefeito da cidade à presidenta Dilma quando ela veio inaugurar mais unidades do “Minha Casa, Minha Vida” aqui em Juazeiro.
A presidenta respondeu que uma obra como essa demanda “bilhões e bilhões”. Será que o obreireismo da presidenta tomou algum juízo?
Na semana seguinte Dilma inaugurou simbolicamente o Eixo Norte da Transposição do rio São Francisco para regiões do Ceará e Rio Grande do Norte. Nem o governo, nem Dilma, nem a mídia do São Francisco fizeram qualquer vinculação entre as transposições e o assassinato do Velho Chico.
O fato é que o São Francisco está com apenas 900 m3/s no lugar que mais tem água, isto é, à jusante de Sobradinho em direção à Itaparica. Quando o governo discutia conosco a Transposição do São Francisco para o Nordeste Setentrional, nos garantia que a vazão segura a partir de Sobradinho era de 1800 m3/s.
Portanto, a água garantida pelas autoridades e corporações técnicas simplesmente não existe mais.
O debate dos irrigantes na região é que, se não chover até Setembro, alguns projetos de irrigação terão seu acesso à água interrompido por absoluta falta dela nas áreas de captação. Assim, o projeto Nilo Coelho em Petrolina, com 12 núcleos, teria que fazer um flutuante de cerca de 4 km para captar água no lago de Sobradinho. O custo está orçado em mais de 60 milhões de reais.
O Maniçoba, em Juazeiro, que capta no leito do rio abaixo de Juazeiro, teria que fazer um flutuante para captar no meio do rio. A derrubada do barranco, com máquinas, para aproximar a tomada de água, não surtiu efeito.
Então, duas cidades montadas em torno da irrigação, de repente veem seus projetos ameaçados de irem para o balaio exatamente por falta de água. Daí o desespero de pedir a transposição do Tocantins para o São Francisco.
Há uma tremenda ilusão a esse respeito, já que apenas expande o modelo predador. Uma obra dessas leva décadas e custa bilhões. Segundo, é o atestado de óbito do São Francisco. É como dizer: “o São Francisco não tem salvação, agora a salvação é transpor o Tocantins para cá”.
A região é o exemplo do modelo insustentável de desenvolvimento. A expansão da demanda de água ilimitada agora mostra seus limites. Como sempre dissemos, a inflexão só viria com os impasses. E eles se fazem cada vez mais assombrosos também para o setor econômico.
Só para lembrar, a transposição do São Francisco para o Setentrional nem começou. Portanto, se falta água hoje até para os projetos de irrigação de Juazeiro e Petrolina, onde vão achar água para expandir o modelo baseado na irrigação para outros estados?
Esse poço não tem fundo, mas o São Francisco tem.

Autor(a): Roberto Malvezzi (Gogó)- Escritor, compositor e músico

domingo, 30 de agosto de 2015

Estudantes de escolas rurais podem ter vagas reservadas em universidades federais

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou  um projeto que reserva vagas nos cursos de Ciências Agrárias de universidades federais para estudantes que concluíram o ensino médio em escolas rurais. Estudantes das Escolas Famílias Agrícolas (EFA) também serão beneficiados pela medida, pois recebem formação em técnicas agrárias.
O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), relator na comissão, defendeu a aprovação do projeto, que, na visão dele, “eleva a escolaridade da população do campo estimula o jovem a permanecer na sua região de origem, contribuindo para o crescimento da economia local e beneficiando a sua própria comunidade”.De acordo com a proposta do deputado federal Zé Silva (PDT-MG), o percentual de vagas reservadas nos cursos de universidades federais deve ser o mesmo de estudantes de escolas rurais no Estado em que a instituição está localizada. O parlamentar argumentou que o desenvolvimento da agricultura familiar, o fortalecimento da economia rural e a fixação da população no campo dependem de oportunidade de acesso à universidade.
A proposta ainda será analisada pelas comissões de Cultura, de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada pelos deputados.
RejeiçãoProjeto de lei que previa o pagamento de uma bolsa no valor de um salário mínimo a estudantes matriculados no curso de Agronomia Veterinária, condicionado à frequência e ao aproveitamento do aluno, foi rejeitado pela comissão. Ao defender a rejeição da proposta, Zeca Dirceu afirmou que o governo federal mantém o Programa Bolsa-Permanência, que auxilia com uma bolsa de R$400 os estudantes de baixa renda, indígenas quilombolas de instituições federais de educação superior.

Agricultores criticam foco no agronegócio previsto no programa 'Classe Média no Campo'

Recém lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), sob comando da ministra Kátia Abreu, o programa Classe Média no Campo, foi criticado pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). "O Programa visa a inserção de 400 mil famílias na lógica do agronegócio, ou seja, especializando em monocultores altamente dependente do uso de agrotóxicos, de insumos químicos, de sementes transgênicas, mecanização pesada, trazendo impactos negativos não só para o campo, mas para a população em geral", apontou o movimento em documento.
Segundo o MPA, o programa lançado em Palmas (TO), no início deste mês, não representa os pequenos camponeses e distancia-se da contrução de um projeto comprometido com a soberania alimentar no país.
Uma vez que visa o agronegócio, diz o Movimento, o Ministério da Agricultura estreita relações com empresas "que tem tornado os/as agricultores/as reféns pelo controle das sementes (transgênicas e híbridas), pela determinação dos preços, pela dependência dos pacotes – agrotóxicos, tecnologias, etc".
Levando em consideração que a agricultura familiar camponesa apresenta uma produtividade equivalente ao dobro das áreas do agronegócio no país - com apenas 24% das terras, este tipo de agricultura produz cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros - a alternativa sinalizada pelo MPA é a elaboração do Plano Camponês, que visa garantir a manutenção e incentivar a agricultura familiar. 
O plano proposto pelos camponeses, que vem sendo construído em conjunto com outros movimentos populares ligados à Via Campesina, apresenta três diretrizes: afirmação da agricultura camponesa como base da Soberania Alimentar, do abastecimento popular de alimentos de base agroecológica; criação de condições materiais para a manutenção do camponês no campo, sobretudo a juventude camponesa; e garantia de alimentos de qualidade para a população brasileira, permitindo a construção de relações de produção, distribuição e consumo sob controle popular e estatal.
"Para isso, se faz necessário uma Reforma Agrária Popular, nova política de Crédito Subsidiada pelo estado e apropriada à agricultura camponesa, um Modelo Energético que respeite o meio ambiente e as pessoas, gerando autonomia para as famílias e ou grupos camponeses contribuindo para a Soberania nos âmbitos Alimentar, Hídrico, Energético, Genético e Territorial", aponta o documento.